O consumo excessivo de bebida alcoólica é indiscutivelmente um fator de acidente. A "Lei seca" impõe sobriedade absoluta a todos os condutores.
1. A nova lei: proibição de álcool ao volante.
2. Os efeitos do álcool sobre o organismo.
3. A taxa de alcoolemia.
4. O perigo das bebidas alcoólicas nas festas.
A lei N° 11.705 de 19/06/2008, que já entrou em vigor, determina que não será aceito qualquer teor alcoólico no sangue dos motoristas em qualquer via.
1. Constitui infração de trânsito dirigir sob a influência de álcool, qualquer que seja o teor alcoólico no sangue.
Infração gravíssima. Multa de 955 R$. Suspensão do direito de dirigir por doze meses.
2. Serão aplicadas as mesmas penalidades e medidas administrativas ao condutor que se recusar a submeter-se aos testes de alcoolemia.
3. Constitui crime conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas.
Penas: detenção de seis meses a três anos; multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
4. Constitui crime doloso (com intenção de ferir ou matar) qualquer lesão corporal provocada por motorista que dirigir sob o efeito do álcool.
O crime doloso elimina a possibilidade de substituição das penas por penas alternativas
.
6. Margem de tolerância.
O Decreto 6.488 publicado no mesmo dia define provisoriamente uma margem de tolerância de 2 decigramas por litro de sangue para casos específicos.
Esta lei foi promulgada em reação a um grande número de acidentes gravíssimos causados pelo abuso de álcool.
Ela é mais rigorosa que as leis equivalentes da maioria dos outros países.
Se for bem aplicada, ela pode resultar numa redução sensível dos acidentes.
A lei se aplica a qualquer tipo de veículo, inclusive motocicleta, motoneta ou ciclomotor.
O álcool ingerido se difunde através das paredes do intestino sem sofrer transformações no tubo digestivo. Rapidamente, ele aparece no sangue e se distribui por todo o organismo. 2 a 10% da dose ingerida são eliminadas diretamente pelo ar expirado, pela urina e pelo suor. A transformação do álcool restante é assegurada essencialmente pelo fígado. A taxa de álcool diminui então a uma velocidade de 0,1 à 0,2 g/l por hora, com grandes variações de um indivíduo para outro.
Os efeitos aumentam à medida que a taxa de concentração de álcool no sangue, chamada Taxa de alcoolemia aumenta. Essa taxa é medida em gramas por litro de sangue (g/l).
Exemplos de situações de acidente que envolvem o álcool:
O controle da taxa de alcoolemia pode ser feito por vários tipos de aparelhos, inclusive etilotestes descartáveis.
O gráfico ao lado mostra, a título de exemplo, como varia a taxa de alcoolemia de uma pessoa que teria bebido três latas de cerveja, a primeira na hora H, a segunda uma hora mais tarde, a terceira duas horas mais tarde.
A curva azul mostra o efeito da primeira lata, a verde o efeito adicional da segunda, a vermelha o efeito adicional da terceira. Esta pessoa não poderá dirigir antes da hora H+6, isto é quatro horas após ter bebido a terceira lata de cerveja.
Cálculo efetuado com as seguintes hipóteses:
Pessoa de 70 kg. Latas de 0,375 litro. Teor de álcool na cerveja: 3,5 %.
Um chope (250 cm³), uma taça de vinho (120 cm³), uma caipirinha (30 cm³), contêm aproximadamente a mesma quantidade de álcool puro (entre 10 e 15 gramas).
(Extraído do livro ROTA DA COLISÃO de Eduardo Biavati e Heloisa Martins)
Dos 14 anos de idade em diante, quando rolar uma festa legal, um show fera, uma balada imperdível no fim de semana, será cada vez mais comum sair de carona em carros dirigidos por algum dos colegas de turma. Isso não é segredo para ninguém: a pesquisa mais recente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia comprova que nove entre dez jovens brasileiros dirigem alcoolizados ou pegam carona com quem ingeriu bebidas alcoólicas.
Não custa nada lembrar que menor de idade não pode ter carteira de habilitação e que dirigir sem carteira é contra a lei. Mas a verdade é que, infelizmente, muitos jovens começam a dirigir antes dos 18 anos. Se você não tem outra opção, é muito provável que você vá para a balada de carona com algum amigo mais velho que tem acesso a um carro ou uma moto. Chega mesmo uma hora em que o esquema de combinar com pai e mãe para levarem e buscarem não funciona mais.
É quase certo que você vai encontrar bebidas alcoólicas em uma balada hoje em dia. Não deveria ser assim, porque há uma proibição de venda de bebidas a menores de idade, mas a verdade é que está ficando cada vez mais raro ir a uma festa que só sirva refrigerante. É claro que, só porque há bebida disponível, não quer dizer que as pessoas devam consumi-la. Nem todo mundo bebe e nem todo mundo bebe demais, mas de uma coisa você pode ter certeza: os homens tomam, em média, duas vezes mais bebida alcoólica do que as mulheres.
É muito importante lembrar-se disso toda vez que você sair de carona em um carro dirigido por um amigo. A pessoa que te levou para a festa às onze da noite muito provavelmente não será a mesma que vai te trazer de volta às três da manhã. Ou você acha que até o meio da madrugada o álcool ingerido terá evaporado? Você não vai dormir na festa, nem vai voltar a pé; dificilmente vai arranjar outra carona; Pode apostar: você vai voltar com quem te levou.
O ideal mesmo é nunca dirigir um carro depois de beber, porque ninguém terá capacidade de saber o quanto já perdeu de seu julgamento e de sua coordenação depois que o álcool estiver circulando pelo corpo e pelo cérebro. Não existe essa conversa de dizer que “bebi só um pouquinho”. Mas, se algum dia, você beber e tiver que dirigir ou tiver que pegar carona no carro de um amigo que bebeu, o que fazer?
Existem várias formas, algumas bem inteligentes, de escapar do risco de um acidente. Por exemplo, em muitos outros países, já é normal entre jovens que possuem a carteira de habilitação combinar antes que quem for dirigir o carro na noite da balada não bebe nada, nem uma gota de álcool. Da próxima vez, outra pessoa do grupo, que tem carteira de motorista, assume o carro e, então, é a vez dessa pessoa não beber nada. Pronto: um rodízio.
A idéia é ótima, simples e depende apenas da consciência de que cada um é responsável por si e pelo outro. Pode até não resolver todos os problemas, mas ao menos não acontece o que vemos por ali: todos bebendo além da conta e saindo juntos dentro de um mesmo carro. Então, quando acontece o acidente, em vez de uma vítima, acabamos contando cinco ou seis. Todo mundo acaba ferido; muitos morrem.
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O álcool se espalha rapidamente pelo organismo através do:
( )estômago
( )fígado
( )sangue
( )suor
( )pulmão
2a edição
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