A maioria dos alunos não tem idade que lhe permita dirigir uma moto ou um ciclomotor.
Porém, a maioria deles terá, a qualquer momento, oportunidade de viajar de moto como passageiro.
1. As perguntas mais frequentes
2. Contra-exemplo na Flórida
3. Tipos de capacetes autorizados e proibidos
1. UM CAPACETE, PARA QUÊ?
O capacete serve para proteger sua cabeça em caso de choque. Sobre duas rodas, à menor colisão, você fica diretamente exposto. Não há interiores forrados, cintos de segurança, carroceria ao seu redor. Sua única proteção é a que você traz consigo. Os motociclistas já sabem disso há muito tempo. O não uso do capacete é causa de 40% dos acidentes mortais com condutores de ciclomotores.
É necessário que o capacete que você vai adquirir o proteja realmente quando você precisar. É por isso que há tantas exigências em relação à qualidade e eficácia dos capacetes para motociclistas. Estes devem levar o selo de identificação de certificação regulamentado pelo INMETRO ( Instituto Nacional de Metrologia).
2. COMO ESCOLHÊ-LO?
Busque, em primeiro lugar, a etiqueta NF ou E, presa no interior do capacete. Esta etiqueta prova que o capacete está de acordo com a normas de segurança, que foi submetido com sucesso aos testes de laboratório que reproduzem aquilo que pode acontecer num acidente (choques em diversos locais, resistência à ruptura da presilha da jugular, etc.) e que sua fabricação está sob controle permanente. Em seguida, experimente-o. Ele deve ser de seu tamanho exato, sem comprimir as orelhas. Se você usa óculos para melhorar a visão ou para se proteger do sol, experimente-o com eles. O capacete não deve incomodá-lo. Esteja certo de que ele pode ser retirado sem muito esforço.
3. QUANDO TROCÁ-LO?
Substitua seu capacete após todo choque, mesmo se aparentemente ele não apresentar defeito.
Ainda que você não tenha tido nenhum acidente com o capacete, troque-o com regularidade (aproximadamente a cada cinco anos). Os materiais utilizados para fabricar o casco podem perder qualidade com o tempo.
4. COMO UTILIZÁ-LO?
O primeiro cuidado é colocá-lo corretamente. A parte dianteira do capacete deve estar na altura dos supercílios. Esta posição protege você de choques frontais e lhe permite levantar a cabeça sem que o capacete bloqueie seu pescoço.
Afivele sempre seu capacete, mesmo para curtas distâncias. Um capacete não afivelado não serve para nada. Ao menor choque, ele vai para um lado e você para outro.
Não pinte seu capacete nem o enfeite com adesivos. Os resíduos da cola podem deteriorar o material do casco. Pela mesma razão, não o limpe com gasolina ou solvente. Utilize água e sabão.
Não fure seu capacete para acrescentar uma viseira ou para passar a fiação de seus auscultadores de som.
Nunca utilize parafusos. Em caso de choque, eles se transformam em verdadeiras ponteiras.
Atenção! Se você estiver diante de um condutor de veículo de duas rodas que se tenha acidentado, convém ser prudente e não tentar retirar-lhe o capacete. Limite-se a afrouxar a presilha da jugular e rebater a viseira durante a espera do socorro organizado.
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1) De acordo com o texto, por que é obrigatório o uso do capacete?
2) Com o capacete, deve-se poder usar óculos de grau.
( ) verdadeiro
( ) falso
3) Para ser eficiente, o capacete deve estar afivelado.
( ) verdadeiro
( ) falso
4) Deve-se trocar o capacete
( ) após qualquer choque importante
( ) somente quando houver defeitos visíveis, mesmo após um choque importante.
6) Pode-se cometer uma infração por não usar o capacete
( ) verdadeiro
( ) falso
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Paradoxalmente, uma nova prova da importância do uso do capacete foi dada recentemente pelos resultados de uma experiência infeliz. O Estado da Flórida resolveu, em julho de 2000, amenizar a sua regulamentação e isentou da obrigação de usar capacete os maiores de 21 anos. O resultado foi imediato. O índice de uso do capacete, próximo de 100% anteriormente, caiu a 53% e o número de vítimas fatais aumentou em 25%. Outros Estados tinham tomado ou passaram a tomar medidas similares, com as mesmas consequências. Em 2004, morreram 3.900 motociclistas nos EUA, ou seja 89% a mais em relação a 1997.
Mais mortes na Flórida após relaxamento da lei sobre uso de capacetes por motociclistas
O índice de mortalidade de motociclistas na Flórida aumentou em cerca de 25%, passando de 31 a quase 39 casos fatais por 1000 envolvimentos em acidentes desde que em 2000, o estado se tornou mais tolerante em relação a uma lei anterior sobre o uso de capacetes. Há uma estimativa de que aproximadamente 117 mortes poderiam ter sido evitadas nos anos de 2001 e 2002 se a lei não tivesse sido alterada. Estas são as principais conclusões de um Instituto que comparou os índices de mortalidade em acidentes de moto antes da mudança da lei (1998-99) e depois dessa mudança (2001-02). Essas conclusões são consistentes quando comparadas a um recente estudo federal sobre a lei da Flórida e a um estudo anterior sobre os efeitos da mudança da lei realizada por pesquisadores da Universidade de Arkansas. A regulamentação na Flórida se aplicava anteriormente a todos os condutores. A lei amenizada, que passou a vigorar em julho de 2000, isenta condutores de 21 anos ou mais, que tenham uma cobertura de no mínimo 10.000 dólares no seguro saúde. O uso de capacetes na Flórida que era acatado por aproximadamente 100% dos usuários antes da mudança da regulamentação caiu para apenas 53% depois do relaxamento da mesma. A média de morte por 1000 acidentes aumentou não só entre condutores adultos mas também entre jovens motociclistas apesar de estes continuarem submetidos à lei do capacete. “O que aconteceu na Flórida foi o mesmo que observamos em outros estados. Quando as leis sobre o uso do capacete são mais tolerantes ou revogadas, a proporção de condutores usando capacetes decresce e há um aumento no número de mortes,” McCartt adverte. “Algumas pessoas argumentam que a liberdade de escolha não atrapalha a segurança e que motociclistas mais velhos deveriam poder decidir entre usar ou não capacete. Mas vários estudos demonstram que esta liberdade de escolha resulta em mais mortes e mais ferimentos graves.”
Estudos anteriores da NHTSA detectaram um aumento de 21% nos óbitos de motociclistas no Arkansas e um aumento ainda maior no Texas depois que estes dois estados liberalizaram sua regulamentação sobre o uso de capacetes para isentar condutores mais velhos. Depois que na Louisiana a regulamentação do uso de capacetes ganhou uma nova versão mais tolerante em 1999, o número de mortes de ciclistas dobrou. Isto levou legisladores dos estados a restabelecer cobertura universal aos usuários ano passado, ou seja, a regulamentação voltou a abranger a todos. Quando os estados adotam tal cobertura pela primeira vez ou a reinstalam o resultado tem sido normalmente o aumento do uso de capacetes e o declínio do número de motociclistas mortos. Atualmente um total de 20 estados e o distrito de Columbia exigem que todos os condutores de motocicletas usem capacetes. Este número se compara aos 47 estados e ao D.C.de 1975.
Fonte: Insurance Institute for Highway Safety – IIHS (EUA). Status Report, Vol. 40, No. 8, Sept. 28, 2005 (pages 7 and 8)
http://www.iihs.org/research/topics/motorcycles.html
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Responda às perguntas.
Os capacetes autorizados estão definidos em anexo à Resolução 203/2006 do CONTRAN.
Eles pertencem a duas grandes «famílias »: os abertos (a esquerda no quadro ao lado) e os fechados ou integrais (a direita).
Os capacetes abertos, sem dúvida mais agradáveis de usar, principamente no verão, oferecem menor proteção que os integrais, que são mais envolventes.
Os capacetes proibidos aos condutores e aos passageiros são aqueles que não cobrem completamente a área de proteção desejada. Eles são representados no quadro abaixo, extrato da resolução 203 do CONTRAN: o “coquinho”, o capacete de ciclista, o capacete de obra (“EPI”).
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Pesquise os tipos de capacete e as proteções oferecidas por cada um deles.
Sites sugeridos:
http://www.motorevista.com.br/Noticias/2007/Noticias33.html
http://motos.casas.blog.br/?cat=96