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Aula 03: Os pedestres e o trânsito

2a Edição, Fevereiro de 2010

A cada ano, no país, mais de 13.000 pedestres morrem vítimas do trânsito e mais de 60.000 são feridos.

Por serem os usuários mais vulneráveis, os pedestres representam cerca de 25% dos mortos no trânsito e 15% dos feridos.

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Objetivos de segurança rodoviária

  • Tomar consciência dos riscos enfrentados pelos pedestres e das regras e deveres a serem adotados por estes usuários para evitar acidentes.

Objetivos pedagógicos

  • Identificar as diferenças entre um texto referencial ou informativo e um texto apelativo, onde há ordens, sugestões ou pedidos.

O que o aluno deve saber

Estar sempre atento ao trânsito.

Sempre utilizar as facilidades previstas para os pedestres: calçadas, faixas, passarelas, etc., quando houver estas facilidades.

Onde houver semáforos, atravessar somente no sinal verde.

Onde não houver faixa para pedestres, ser extremamente prudente ao atravessar e não contar que os motoristas vão reduzir a velocidade.

Onde não houver calçada, ser extremamente prudente se tiver que caminhar, mesmo no acostamento. A circulação deve ser feita pelas bordas da pista, em fila única, e no sentido contrário ao dos veículos.

Usar roupas claras se tiver que caminhar à noite.

Usar faixas refletivas nos braços ou colocá-las na roupa ou na mochila, caso seja obrigado a caminhar à noite.

Sumário

1. Estatísticas

2. Onde ocorrem os atropelamentos

Exercícios

3. Travessia de vias. Regras de travessia

4. As calçadas

Exercícios

5. Os acostamentos

6. A visibilidade noturna

7. As crianças

Exercícios

8. A regulamentação

9. A relação entre motorista e pedestre

Exercícios

Documentos de referência

1. Estatísticas

As estatísticas sobre mortes e ferimentos em atropelamentos são estarrecedoras: mais de 13.000 mortos e 60.000 feridos por ano. Os pedestres representam 26% das vítimas fatais de acidentes de trânsito.

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Esta proporção é muito maior entre os adolescentes, como mostra o diagrama ao lado:

55% dos jovens de 10 a 14 anos que morrem no trânsito são pedestres.

Daí a importância das precauções a serem tomadas quando andarmos na proximidade do trânsito.

2. Onde ocorrem os acidentes

A rede Sarah de hospitais, para onde são conduzidas vítimas de acidentes de trânsito, realizou, durante um ano, uma pesquisa abrangendo todas as pessoas internadas nestes hospitais em decorrência de atropelamento. Algumas das conclusões e observações publicadas são muito relevantes, como as seguintes:

  • 78,5% dos atropelamentos ocorreram em vias urbanas.
  • 77% dos pedestres internados na Rede SARAH não faziam uso de facilidades para pedestres como faixas, semáforos, passarelas, passagens subterrâneas etc., na ocasião do atropelamento. Segundo o relato desses pacientes, em 76,3% dos casos não existiam facilidades para pedestres no local do acidente. (isto significa que 77% x 76% = 58% dos atropelamentos aconteceram em lugares onde não havia facilidades para pedestres).
  • 16,9% dos casos ocorreram em áreas de uso exclusivo de pedestres.
  • Crescente número de atropelamentos em áreas suburbanas. Essas áreas têm maior probabilidade de apresentar um trânsito mais denso; maior média de velocidade permitida e praticada; menor número de equipamentos defensivos; menor controle do tráfego; e menos alternativas que não a rua como local de lazer.
  • Uma quantidade significativa dos atropelamentos ocorre em interseções – locais em que se registram 39% das lesões não-fatais e 18% das lesões fatais em atropelamentos. É também substancial a ocorrência de acidentes envolvendo pedestres quando os veículos estão mudando de direção para a esquerda.

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  • Outra situação comum nos atropelamentos é caracterizada pelo “aparecimento” do pedestre na rua de forma repentina, saindo por entre árvores, placas, postes ou outros obstáculos à visão do condutor, dando a este pouco tempo e espaço para reação.
  • Um exemplo comum é o de crianças que surgem correndo por entre carros estacionados ao longo do meio-fio.

A interpretação destes dados leva à seguinte distribuição dos locais de acidentes com pedestres em função das suas características:

A. 58% em lugares onde as vítimas dizem não existir facilidades para pedestres.

B. 19% em lugares onde há facilidades para pedestres, mas a vítima não as utilizou.

C. 17% em zonas de uso exclusivo dos pedestres, isto é, em calçadas.

D.6% em zonas de uso não exclusivo dos pedestres, isto é, em faixas de pedestres ou em acostamentos.

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EXERCÌCIOS

1. Por que os pedestres são os usuários mais vulneráveis no trânsito?

2. Faça uma análise da diferença entre os 25% de mortos e os 15% de feridos entre os pedestres no trânsito. O que esta estatística comprova?

3. Cite pelo menos 6 comportamentos que devem ser adotados sempre pelos pedestres para evitar acidentes.

4. Mais da metade (55%) dos jovens entre 10 e 14 anos mortos em acidentes de trânsito são pedestres. Dê algumas razões para este índice ser tão alto.

5. De acordo com o texto, coloque (F) para falso ou (V) para verdadeiro:

( ) Quase 80% dos atropelamentos ocorrem em rodovias ou estradas.

( ) Quase 80% das pessoas atropeladas não estavam utilizando as faixas, semáforos e passarelas na ocasião do atropelamento.

( ) Uma situação comum em atropelamentos é o aparecimento repentino do pedestre na rua, saindo de trás de algum obstáculo, não sendo visto a tempo pelo motorista.

( ) Brincadeiras, correrias, jogos de bola, crianças nas ruas e calçadas são causas comuns de atropelamentos.

( ) O condutor é sempre o responsável pelo atropelamento.

( ) A maioria dos atropelamentos se dá em locais onde não existem facilidades para pedestres como faixas, passarelas, semáforos.

( ) É nas calçadas, zona de uso exclusivo de pedestres, que se dá a maioria dos atropelamentos.

( ) Onde não há faixas para pedestres, o motorista imagina que ali não há pedestres, logo nunca reduz a velocidade.

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3. Travessia de vias - Regras de travessia

O primeiro fator de risco para os pedestres é a travessia das vias. As situações encontradas podem ser as mais diversas.

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Centro de cidade, semáforo, faixa de pedestres, ilha entre duas pistas de rolamento.

Mesmo neste tipo de situação, é preciso ser prudente. O local fotografado encontra-se numa avenida de 3 quilômetros onde há 15 mortos e 250 feridos por ano.

Atravessar somente nas faixas e respeitando a sinalização.

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Faixas de pedestres com semáforo

ATENÇÃO

Ao atravessar, obedeça sempre à sinalização, não somente por sua causa, mas também pelos outros.

Se você atravessar enquanto o sinal para pedestre estiver vermelho, alguém pode imitá-lo sem ter visto algum veículo chegando que você já teria visto antes e calculado que daria tempo de atravessar.

Quem não respeita o vermelho não merece o verde.

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Proximidade de uma rodoviária.

Grupo atravessando fora da faixa de pedestres. O risco de ser atropelado pelo ônibus que está chegando na terceira fila e pode não ter visto o pessoal atravessando ou somente vê-lo tarde demais para evitar o acidente é muito grande.

A maioria dos acidentes de travessia acontece em lugares onde não há qualquer facilidade para os pedestres. Isto corresponde à característica A de locais de acidentes descrita acima. Frequentemente, existe uma facilidade na vizinhança, porém o usuário julga que ela esteja longe demais. Veja o exemplo a seguir:

Texto 1

Acidente em frente à Universidade

Estudante morre atropelado na Rodovia Raposo Tavares

O estudante João da Silva, 24 anos, morreu atropelado ao atravessar a Rodovia Raposo Tavares, perto do campus da Universidade de Sorocaba. Próximo ao local do acidente funciona uma lanchonete, frequentada por alunos da UNISO.

O motorista fugiu sem prestar socorro.

A concessionária que administra a rodovia reconhece que estudantes atravessam a rodovia para frequentar o estabelecimento. Informa que na região há uma passarela e sinalização orientando os pedestres.

(O Globo Online,16/11/2007)

ATENÇÃO: Onde não houver faixa para pedestres, o automobilista considera geralmente que ali não deve haver pedestres. Portanto, não conte com a possibilidade de o motorista reduzir a velocidade do veículo.

Texto 2:

The Green Cross Code (O Código da Travessia Verde)

O Departamento de Transporte da Inglaterra publicou um documento denominado The Green Cross Code, onde faz recomendações sobre como atravessar vias. Veja, a seguir, algumas delas:

1) Encontre um local seguro para atravessar e então pare.

É mais seguro atravessar em passagens subterrâneas, passarelas, ilhas, travessias sinalizadas, semáforos ou junto a um agente de trânsito. Se você não puder achar nenhum desses tipos de travessias, escolha um local onde possa enxergar claramente ao longo da rua em todas as direções. Não tente atravessar por entre carros estacionados. Vá para um local livre e sempre dê a chance ao motorista de ver você inteiramente.

2) Permaneça na calçada, próximo ao meio-fio.

Não fique perto demais da pista. Pare um pouco antes do meio-fio, onde você vai estar longe do trânsito, mas de onde você pode ver tudo que se aproxima. Se não houver calçada, fique próximo da borda da pista, mas onde você possa ver os veículos se aproximando.

3) Olhe o trânsito ao redor e escute.

O trânsito pode vir de todas as direções, portanto tome cuidado ao atravessar qualquer rua. E ouça também, porque às vezes você consegue ouvir o trânsito antes que possa vê-lo.

4) Se há veículos se aproximando, deixe-os passar. Olhe ao redor novamente.

Se há ainda trânsito por perto, espere, olhe em volta novamente e ouça para ter certeza de que não vêm vindo outros veículos.

5) Quando não houver trânsito próximo, atravesse a rua em linha reta.

Só é seguro atravessar quando não houver trânsito por perto. Se houver algum veículo à distância não atravesse a menos que você tenha certeza de que há tempo de sobra. Lembre-se, mesmo que o veículo esteja longe, ele pode se aproximar rapidamente. Quando a travessia for segura, ande em linha reta e não corra.

6) Continue olhando e escutando o trânsito enquanto atravessa.

Quando estiver na pista, continue olhando e escutando no caso de não ver nenhum veiculo - ou no caso de algum aparecer de repente.

Um ponto que chama a atenção no Green Cross Code é a insistência para que o pedestre escute o trânsito. Essa é uma recomendação importante, pois em muitas situações, conseguimos identificar o som antes dos demais elementos do ambiente. O som, no caso de não haver obstáculo, segue diretamente para os ouvidos, enquanto que a informação visual depende da visibilidade no local.

ATENÇÃO:

Fique atento ao trânsito.

Atravessar falando ao celular é perigoso.

Andar com MP3 ligado, escutando música em vez do trânsito é perigoso.

4. As calçadas

Vimos no relatório da rede SARAH, que 17% dos atropelamentos ocorrem em áreas de uso exclusivo dos pedestres, isto é em calçadas. 17% de 73.000 são aproximadamente 12.400 pedestres atropelados em calçadas.

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As calçadas podem ser estreitas. Não é lugar para brincar, é preciso estar muito atento.

Elas podem ser muito desprotegidas, facilmente invadidas por veículos desgovernados. É preciso olhar o trânsito.

Veja o exemplo a seguir:

Texto 3

Dois meninos são atropelados e um morre na zona leste de SP

Um menino de nove anos morreu e outro ficou ferido depois de serem atropelados na noite de sábado na rua Pedro Canal, próximo à estrada Aricanduva, na zona leste de São Paulo.

Os dois garotos andavam pela calçada quando um motorista perdeu o controle do automóvel. O acidente ocorreu por volta das 19h50.

Os dois ocupantes do veículo tentaram fugir sem prestar socorro e os garotos foram socorridos por pedestres.

As vítimas foram levadas para o pronto-socorro Santa Marcelina, na zona leste, mas um dos meninos morreu a caminho do hospital. O outro sofreu uma fratura na bacia e permanece sob observação.

( Folha Online 18/11/2007)

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As calçadas podem também não existir, criando situações de perigo, especialmente por invasão pelos veículos do espaço que deveria ser reservado aos pedestres.

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EXERCÍCIOS:

1. O texto 1, uma notícia de jornal, é um texto informativo, que procura ser imparcial. Mas duas atitudes de protagonistas do acidente são bastante condenáveis. Quais são elas?

2. Você acha melhor realizar uma campanha educativa, multar os que não diminuem a velocidade ou os que não atravessam pela passarela, ou várias medidas simultâneas?

3. O texto 2 é um texto apelativo. Ele tenta influenciar o comportamento do leitor com conselhos e advertências, usando verbos no modo imperativo. Dê ao menos 8 exemplos de verbos que sugerem ordens ou pedidos.

4. Transforme, como no exemplo abaixo, as recomendações numeradas até 6, em frases na 1ª pessoa, informando ao leitor que você vai adotar as atitudes sugeridas. Exemplo:

“Eu vou encontrar um local seguro para atravessar e então paro, permaneço na calçada,------------------------------------------“

5. O que você pode fazer para colaborar com os motoristas?

6. Por que é perigoso atravessar ruas e rodovias falando ao celular ou com o MP3 ligado?

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5. Nas rodovias: os acostamentos

Caminhar numa rodovia é extremamente perigoso. Na maioria dos casos, não existe acostamento praticável. Quando há, pode ser muito estreito ou invadido pela vegetação ou com piso esburacado. Sobretudo, o acostamento não é isento de trânsito. Em caso de emergência ou de engarrafamento, veículos usam o acostamento para evitar uma colisão ou para ultrapassar. Só deve usar o acostamento quem for obrigado a fazê-lo, não tendo outra alternativa. Veja o exemplo a seguir.

Texto 4

Picape invade o acostamento e mata cinco pessoas

Um carro atropelou sete mulheres de uma mesma família evangélica - mãe e seis filhas - e matou cinco delas na última sexta-feira à noite em Jarinu, a 71 km de São Paulo. O atropelamento aconteceu às 23h, quando a família voltava para casa pelo acostamento da rodovia após um culto evangélico. O motorista de um Mitsubishi Space Wagon invadiu o acostamento no km 74 da Rodovia Edgar Máximo Zambotto, matando a mãe e quatro filhas. O suspeito fugiu sem prestar socorro às vítimas. A polícia está investigando as causas do acidente.

Kleber Tomaz, Folha de São Paulo, 23/05/2007

ATENÇÃO

Quando tiver de caminhar ao longo de uma rodovia, sempre escolha o lado esquerdo, de modo a ver os veículos chegando perto de si, salvo em circunstâncias particulares, como por exemplo, trechos em obras.

6. A visibilidade noturna

O acidente descrito acima aconteceu à noite. Veja, a este respeito, uma das conclusões da pesquisa da rede SARAH, já citada.

O pico da incidência de atropelamentos ocorreu em torno de 19:00 horas. O fim da tarde/início da noite apresenta fator fundamental na análise dos acidentes de trânsito, especialmente no que concerne os atropelamentos: a iluminação. Tanto para o condutor como para o pedestre, a questão da visibilidade é aspecto de acentuada importância nos acidentes.

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PARA SER VISTO

De manhã ou à tarde, na penumbra ou à noite, os pedestres podem não ser percebidos pelos motoristas, além de correr o risco de não ver a aproximação de veículos. Por isso é fundamental usar roupas claras, uma braçadeira reflexiva, faixas e adesivos reflexivos nas mochilas, bicicletas, vestuário, o que permite aos condutores de veículos perceber melhor a presença de pedestres e lhes proporcionar maior segurança.

7. As crianças

Fonte: pesquisa da rede SARAH, já citada.

  • A faixa etária de 5 a 15 anos representa 39,2% do total dos pedestres atropelados, com destaque para as idades de 8 e 10 anos.
  • As crianças nos primeiros anos da idade escolar parecem ser mais vulneráveis porque os adultos superestimam a sua habilidade para realizar uma travessia com segurança. Assim, as crianças acima dos 5 anos estariam, de certa forma, “mais soltas” e expostas a acidentes.
  • Vários fatores diferenciam as crianças dos adultos no que concerne à sua habilidade como usuárias do trânsito.
    • Menor estatura, que limita o campo visual da criança e, por outro lado, sua detecção por parte dos condutores.
    • Menor capacidade de percepção dos riscos a sua volta.
    • Menor habilidade para estimar o tempo de aproximação de um veículo.
    • Dificuldades em dividir sua atenção entre as várias atividades motoras e visuais requeridas.
    • Alto grau de distração.
    • Desconhecimento e/ou pouca experiência da dinâmica do trânsito.

Conselhos para pais e educadores

> Deve ser iniciado desde os 3 anos de idade o aprendizado do tráfego na rua, através da observação quotidiana.

Explicar de forma simples as regras a obedecer:

  • utilizar as faixas de pedestres;
  • somente atravessar quando o sinal estiver verde para os pedestres;
  • observar se os veículos estão realmente parados antes de atravessar;
  • nunca correr.

Dar o exemplo, respeitando escrupulosamente todas as regras ensinadas às crianças.

Enquanto as crianças não tiverem assimilado essas regras de prudência, deve-se vigiá-las e acompanhá-las.

> Vestir as crianças com roupas claras ou de cores vivas. Equipá-las com uma pasta ou mochila de tecido reflexivo caso elas tenham que caminhar na borda da pista quando estiver escuro.

> Fazer com que as crianças desçam do carro do lado da calçada.

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EXERCÍCIOS

1. Por que os acostamentos das rodovias são tão perigosos e devem ser evitados?

2. No texto 4, tomamos conhecimento de uma terrível tragédia familiar. Resuma o que, quando, onde e como se deu o acontecimento.

3. Nesse mesmo texto repete-se um comportamento condenável, do qual você já tomou conhecimento nos textos 1 e 3. Qual é ele?

4. Por que devemos andar sempre contra o fluxo do trânsito quando somos obrigados a caminhar na rua, acostamentos ou estradas?

5. A iluminação é fator fundamental para evitar atropelamentos. Qual o horário de pico de incidência de atropelamentos?

6. Quais as principais providências que o pedestre deve tomar para ficar bem visível para o motorista?

7. Complete as frases:

a. A faixa etária de 5 a 15 anos representa ...........% do total de pedestres atropelados.

b. Nesta faixa se destacam as idades de ........ e ....... anos de idade.

c. Esta faixa etária coincide com os primeiros anos da criança na ...................

d. O aprendizado sobre o tráfego nas ruas deve ser iniciado aos ...................... anos de idade.

e. As principais regras para as crianças são as seguintes: não correr; utilizar as ..................................... ; atravessar somente com o sinal .................; observar se os veículos já .................... no sinal; usar roupas .................... ou ...................

8. Mostre as principais diferenças nas habilidades como usuários do trânsito entre crianças e adultos.

9. Qual a principal atitude que o adulto deve assumir quando ele estiver ensinando às crianças como se comportar no trânsito?

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8. A regulamentação

Código de Trânsito Brasileiro

Capítulo IV: DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS

Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.

§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.

§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quando não for possível a utilização destes, a circulação de pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.

§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for possível a utilização dele, a circulação de pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.

§ 4º (VETADO)

§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar o acostamento.

§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para circulação de pedestres.

Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas existirem numa distância de até cinquenta metros dele, observadas as seguintes disposições:

I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo;

II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou delimitada por marcas sobre a pista:

a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das luzes;

b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos;

III - nas interseções e em suas proximidades, onde não existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via na continuação da calçada, observadas as seguintes normas:

a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos;

b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.

Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.

Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinalização.

Capítulo XV: DAS INFRAÇÕES

Art. 254. É proibido ao pedestre:

I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido;

II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes ou túneis, salvo onde exista permissão;

III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim;

IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida licença da autoridade competente;

V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea;

VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;

Infração - leve;

Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do valor da infração de

natureza leve.

9. A relação entre automobilista e pedestre

Falta de compreensão entre condutores e pedestres

Fonte: pesquisa da rede SARAH, já citada

Apenas 30,4% dos pedestres atropelados investigados pela presente pesquisa sabiam dirigir e somente 16,1% tinham no automóvel sua principal forma de locomoção

Diferença de atitude entre homens e mulheres: 40% das pacientes faziam uso de facilidades para pedestres na ocasião do atropelamento, enquanto que 92% de pedestres do sexo masculino não o faziam na mesma ocasião.

Infraestrutura

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A culpa que o pedestre atribui ao motorista por não tê-lo visto ou a culpa que o motorista atribui ao pedestre pela mesma causa, podem estar diretamente relacionadas às condições de iluminação e de sinalização, aos diversos obstáculos do espaço de circulação, à concepção da via ou geometria viária inadequada, permitindo ou incentivando práticas de velocidade incompatíveis, e assim por diante.

Desproporção entre o poder do automobilista e a vulnerabilidade do pedestre

Levante o pé, você vai me atropelar“.

(imagem premiada pela RENAULT: França, 2007)

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EXERCÍCIOS

  1. O que é o Código de Trânsito Brasileiro?
  2. Na cidade ou no campo, quais os espaços públicos assegurados ao pedestre?
  3. Em que circunstância o ciclista equipara-se ao pedestre?
  4. O que o pedestre deve levar em conta ao cruzar uma pista de rolamento?
  5. Onde não houver faixa ou passagem, como o pedestre deve cruzar a via?
  6. Complete:
    1. O pedestre tem preferência quando estiver atravessando no sinal e este ...................... no meio da travessia.
    2. O pedestre não deve aumentar o percurso, demorar-se, ou parar quando ............................................................................................
  7. Quais as principais infrações cometidas pelos pedestres?
  8. A falta de compreensão entre condutores e pedestres influi nos casos de atropelamento. Cite uma situação exemplar detectada na pesquisa da Rede Sarah.
  9. Qual a principal atitude que diferencia homens e mulheres na ocasião de atropelamentos.
  10. Quais as principais condições de infraestrutura que podem levar a atropelamentos?

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Documentos de referência
  • A versão integral do texto da rede SARAH pode ser baixada no endereço

http://www.sarah.br/ página Prevenção / Pesquisa

« a Highway Code for Young Road Users , no portal “Arrive Alive”, http://www.thinkroadsafety.gov.uk/arrivealive/greencross.htm

palavras-chave: criança, acostamento, passarela, pedestre, acidente, segurança, atropelamento, calçada, faixa, travessia