Gestão das estatísticas de acidentes em Campinas
Publicado no portal da EMDEC – Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas
O monitoramento e a gestão dos dados estatísticos relacionados à Mobilidade Urbana em Campinas são de responsabilidade da EMDEC.
Tais intervenções são fundamentais para a melhoria da qualidade e da segurança na circulação viária.
Entenda a metodologia
O processo de registro estatístico inicia-se com o recolhimento dos boletins de ocorrência (BOs) relacionados a acidentes de trânsito nas vias sob gestão municipal, elaborados pelas Companhias da Polícia Militar (PM) instaladas em Campinas.
Após o recebimento dos boletins, é feita a triagem do material e a conferência de dados, apurando, por exemplo:
- Se o acidente aconteceu em vias urbanas do município;
- Se os dados do local e dos veículos envolvidos estão corretos;
- As características do local do acidente;
- Se há mais de um boletim para o mesmo acidente, em função de os condutores envolvidos registrarem a ocorrência em companhias diferentes; nesses casos, só é considerado um boletim.
Após essa etapa, os boletins são processados no Sistema de Controle de Acidentes de Trânsito da EMDEC.
Os dados dos acidentes de trânsito são georreferenciados um a um, subsidiando, assim, as ações integradas para a redução da acidentalidade.
Vítimas fatais
A metodologia da Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere considerar como morte por acidente de trânsito todo óbito registrado até 30 dias após a ocorrência, uma vez que a grande maioria das mortes ocorre nesse período. Já a metodologia utilizada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) considera vítima fatal aquela que morre no local do acidente.
Em Campinas, considera-se vítima fatal quem morre em razão das lesões decorrentes de acidentes de trânsito a partir do momento do acidente até 180 dias após sua ocorrência, desde que o laudo do IML comprove que a causa mortis deu-se em decorrência do acidente.
Os dados de óbitos são encontrados nos registros dos seguintes órgãos, pertencentes a serviços públicos de saúde e segurança:
- Instituto Médico Legal (IML);
- Delegacias de Polícia Civil;
- Serviços Técnicos Gerais (SETEC);
- Polícia Militar (PM).
Após a recolha de todos os dados dessas quatro fontes de informação, são realizados os seguintes procedimentos:
-Exclusão das vítimas fatais de trânsito mortas nos hospitais de Campinas, mas acidentadas em outras cidades, e das vítimas fatais de trânsito sempre que o IML, órgão regional, tiver realizado o exame de necropsia sem o fato ter ocorrido em Campinas;
-Verificação de informações de vítimas fatais que não constavam no IML, mas sim em outra fonte, porque, às vezes, o acidente pode acontecer em Campinas, na divisa de municípios, e a vítima ser socorrida e levada para hospital de outra cidade. Se a vítima morre, a necropsia é feita pelo IML daquela cidade;
-Constatado que se trata de vítima de um acidente de trânsito, os dados são incluídos no Banco de Dados, com as respectivas informações.
Deste modo, obtém-se um banco de dados confiável das vítimas de acidentes de trânsito nas vias sob gestão do município, subsidiando com dados estatísticos a implantação das políticas públicas de Mobilidade Urbana.
(Última alteração em 16 de Abril de 2013)