Taxas de vítimas fatais
Para efeito de comparações internacionais, utilizam-se taxas de acidentes e de vítimas em proporção da população e da frota de veículos.
Vítimas fatais por 100.000 habitantes
Um primeiro critério de comparação é o número de vítimas fatais em relação à população do país. O quadro seguinte apresenta os valores da taxa correspondente para o Brasil e os quatro países já considerados no estudo das taxas de motorização.
País | Ano | População (milhões) | Vítimas fatais | Vítimas fatais /100.000 habitantes |
Brasil | 2004 | 182 | 43000 | 24 |
EUA | 2005 | 296 | 43400 | 15 |
Japão | 2005 | 127 | 17900 | 14 |
França | 2005 | 61 | 5300 | 9 |
Reino Unido | 2005 | 58 | 3200 | 6 |
Fontes:
Brasil: | População e frota: Anuário estatístico DENATRAN 2004 |
Vitimas fatais: Estatísticas do seguro DPVAT | |
Outros paises | IRTAD, banco de dados da OCDE |
Esta comparação fornece, apenas, uma visão superficial da gravidade do problema: proporcionalmente à população, o trânsito mata quatro vezes mais no Brasil do que na Inglaterra, porém somente 1,6 vezes mais do que nos Estados Unidos. Esta abordagem não leva em conta o fato que há, proporcionalmente, muito menos veículos no Brasil do que nos outros países considerados. Daí o interesse da taxa descrita a seguir:
Vítimas fatais por 100.000 veículos registrados
Pais | Ano | Frota (milhões) | Vitimas fatais | Vitimas fatais /100.000 veículos |
Brasil | 2004 | 39 | 43000 | 110 |
EUA | 2005 | 245 | 43400 | 18 |
Japão | 2005 | 83 | 17900 | 22 |
França | 2005 | 37 | 5300 | 14 |
Reino Unido | 2005 | 33 | 3200 | 10 |
Este quadro mostra que cada veículo mata, em média, onze vezes mais no Brasil do que na Inglaterra, oito vezes mais do que na França, seis vezes mais do que nos Estados Unidos, cinco vezes mais do que no Japão.
É claro que diferenças deste vulto não se devem somente a diferenças de comportamento dos condutores. O condutor brasileiro não é necessariamente tantas vezes mais perigoso do que os condutores dos outros países. Grande parte da diferença provem também das condições do trânsito e particularmente da qualidade das infra-estruturas.