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Verificação das condições dos pneus

Terceira parte do Manual TWI - Informações técnicas sobre pneus, de autoria de SINDIPNEUS (pág. 21).

5. ORIENTAÇÕES SOBRE A VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DOS PNEUS

A Alapa – Associação Latino Americana de Pneus e Aros –, órgão que rege as normas e recomendações sobre pneus e aros na América Latina. A associação criou algumas recomendações sobre o uso e a manutenção dos pneus.

5.1 Sulcos dos pneus e retirada de uso

A profundidade do desenho (frisos/sulcos) da banda de rodagem dos pneus deve ser verificada regularmente.

Conforme a Resolução nº 558/80, art. 4º, do Contran – Conselho Nacional de Trânsito – “fica proibida a circulação de veículo automotor equipado com pneu cujo desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores(Tread Wear Indicators – TWI)ou cuja profundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm”. Ou seja, os sulcos não devem ter profundidade restante inferior a 1,6 mm.

Quanto menor for a profundidade restante dos sulcos, maiores serão os riscos de acidentes pela redução de aderência em piso molhado.

O momento de retirada dos pneus de uso pode ser visualizado pelos indicadores de desgaste existentes no fundo dos desenhos: saliências com 1,6 mm de altura em quatro a oito pontos da circunferência do pneu, o que corresponde a escritaTWI.

Verifcacao_das_condicoes_dos_pneus-fig01

Em certas utilizações, porém, em que os veículos rodam em estradas de terra ou em más condições, é aconselhável retirar os pneus antes de atingirem o limite estabelecido.

Isso porque a maior vulnerabilidade a cortes na banda de rodagem pode danificar a carcaça do pneu.

Alguns pneus para caminhões e ônibus são concebidos de maneira a oferecer a possibilidade de ressulcagem. Nas laterais desses pneus são gravadas as palavras “ressulcável” ou “regroovable”. Nesses pneus é possível o aprofundamento dos sulcos originais, o que propicia uma maior quilometragem, além de melhorar o nível de aderência do pneu usado. Essa operação só pode ser efetuada por um profissional apto a seguir rigorosamente as orientações do fabricante do pneu. Para mais detalhes, consulte os fabricantes de pneus.

5.2 Principais fatores que afetam a durabilidade dos pneus

O principal fator para o desgaste dos pneus é o calor gerado pelas seguintes situações:

  • baixa pressão;
  • velocidade alta do veículo;
  • sobrecarga;
  • uso excessivo dos freios.

Outros fatores que contribuem para o desgaste anormal do pneu:

  • manutenção inadequada do veículo;
  • condições ruins e perfis das estradas;
  • modo de dirigir imprudente;
  • tipo de segmento do transporte, que pode influenciar na performance do pneu.

Em seguida, são apontadas as consequências causadas por manter o pneu com o nível de pressão abaixo do especificado pelo fabricante:

Verifcacao_das_condicoes_dos_pneus-fig02

  • influência na segurança;
  • perda de aderência e estabilidade;
  • aumento de resistência ao rolamento;
  • aumento do consumo de combustível;
  • comprometimento do conforto;
  • aumento da flexibilidade e ruído;
  • aceleração do desgaste, pois gera mais aquecimento;
  • aumento do desgaste nos ombros, o que provoca deslocamento da carcaça;
  • direção pesada;
  • possibilidade de aparecimento de rachadura, quebra de carcaça e laterais;
  • aumento da flexão e do calor.

Verifcacao_das_condicoes_dos_pneus-graf01

O que acontece se desrespeitados os índices de velocidade máxima especificados para cada tipo de pneu:

  • separação por calor;
  • estouro por corte;
  • desgaste acelerado.

Além do índice de velocidade máxima especificado para cada pneu(vide tabela 1 - pág.18), existe também a tabela de índices de carga máxima(vide tabela 2 - pág.19).

Essa tabela deve ser seguida para evitar os seguintes problemas:

  • separação por calor;
  • ruptura dos cordonéis e danos no talão;
  • estouro por corte;
  • quebra por impacto;
  • comprometimento da segurança;
  • aumento do consumo de combustível.

O uso excessivo dos freios é um fator que deve ser levado em conta, pois a temperatura muito elevada das lonas de freio (acima de 250 Co) reduz sua eficiência. O calor irradia para as rodas, os pneus, as câmaras de ar, os protetores e o núcleo de válvulas, o que ocasiona os seguintes danos:

  • trinca na região dos talões;
  • derretimento das câmaras de ar e protetores;
  • quebra dos talões durante a desmontagem;
  • explosão dos pneus (temperaturas acima de 140 Co);
  • separação em algum componente do pneu.

Outra questão importante a ser considerada é o excesso de pressão, que também prejudica a durabilidade dos pneus, e provoca as seguintes consequências:

  • acelera o desgaste no centro da rodagem;
  • aumenta a possibilidade de estouro por impacto;
  • facilita a entrada de objetos penetrantes (rodagem sob forte tensão);
  • reduz a estabilidade em curva (menor área de contato);
  • provoca rachaduras na base dos sulcos (esticamento excessivo);
  • piora o nível de conforto (veículo mais duro/menor fl exão);
  • diminui o amortecimento.

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5.2.1 Dicas para evitar o aquecimento anormal dos pneus

  • Nas descidas de serra, não exagere no uso dos freios de serviço, pois isso pode provocar superaquecimento dos pneus.
  • Não pare o veículo de forma brusca, permitindo a ventilação do conjunto. Isso evita que a temperatura aumente ainda mais pela irradiação de calor dos tambores de freio.
  • Respeite os limites de velocidade e de carga estabelecidos.
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