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Pesquisa médico-hospitalar, DNIT, 2008. Extratos

Extratos da pesquisa realizada nos estados de Minas Gerais, Goiás, Pará, Pernambuco e Santa Catarina, referente a acidentes ocorridos nas rodovias federais em 2003 e 2004

A pesquisa considerou uma amostra de 1.148 feridos, cujo estado físico informado nos boletins de ocorrência era o seguinte:

Lesões leves..... 740

Lesões graves... 408

Total.................. 1148

Conforme o conceituado nos “Anuários Estatísticos de Acidentes de Trânsito do DNER”, o estado físico informado pode ser assim entendido:

(1) Lesões Leves são aquelas que não apresentam risco de vida e se caracterizam por dores em geral; lacerações leves, contusões e abrasões; queimaduras de 1° grau e as pequenas de 2° e 3° graus; e,

(2)Lesões Graves são aquelas que apresentam risco de vida com sobrevivência provável e se caracterizam por grandes lacerações e ou avulsões com hemorragias severas; queimaduras de 2° e 3° graus envolvendo até 50% da superfície corporal.

Onze pessoas deste grupo faleceram na fase inicial de atendimento hospitalar, sendo oito na fase de remoção e três na recepção;

Esse mesmo conjunto de vitimados, na fase de alta hospitalar, apresentou um total de 44 mortos, além de mais 4 com lesões irreversíveis;

A aplicação dessas proporções ao total de feridos observado na média dos anos de 2003/2004 elevaria a quantidade de mortos em mais de 40% daquela publicada e evidenciaria a presença de portadores de lesões irreversíveis, até então não mencionada nas publicações.

Áreas do Corpo Afetadas

Os diagnósticos das lesões sofridas pelas vítimas foram classificados com base na CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), sendo posteriormente agrupados por áreas do corpo afetadas.

De acordo com os resultados da pesquisa, chegou-se à seguinte distribuição percentual das lesões em função das áreas do corpo afetadas:

1) Traumatismos da cabeça e pescoço......................... 38,3%

2) Traumatismos do tronco............................................ 17,4%

3) Traumatismos dos membros inferiores...................... 15,1%

4) Traumatismos dos membros superiores..................... 12,6%

5) Traumatismos envolvendo múltiplas regiões do corpo 16,0%

6) Demais traumatismos .................................................. 00,6%

Total ...............................................................................100,0%

Condições de Alta Hospitalar

O quadro 21, apresentado a seguir, mostra que, do total de vítimas que receberam atendimento médico-hospitalar, pouco mais de 72% tiveram alta hospitalar na condição de curado; ficando 20,6% em acompanhamento ambulatorial; 2,4% transferidos para outro hospital; 3,75% faleceram e 1,2% na condição Outros.

Pesquisa MH 2008 Imagem 1.R1

Escala Abreviada de Lesões e Áreas do Corpo Afetadas

Pesquisa MH 2008 Imagem 2.R1

Pode se observar que, nas situações de maior gravidade das ocorrências, principalmente nos casos em que ocorreram lesões fatais, os traumatismos de cabeça e pescoço são os mais presentes. Em relação aos cinco casos pesquisados, em que as vítimas receberam a classificação 05 – Lesões graves com morte/invalidez, em dois deles, o estado das vítimas evoluiu para a invalidez (tetraplegia); em outro, o paciente foi transferido para outro hospital, com um quadro de “politraumatismo com trauma craniencefálico”; mais um, com “hemorragia subaracnóide devido a traumatismo”, e o quinto, que ficou quase dois anos sob acompanhamento ambulatorial, e veio a falecer em condições cujas causas podem ser imputadas ao acidente sofrido.

Tempo de internação

A média do tempo de internação foi de 8 dias, o tempo máximo de internação foi de 126 dias, porém 99% dos pacientes foram internados menos de 30 dias.

Pesquisa MH 2008 Imagem 4.R1

Tempo de recuperação

691 (84%) das pessoas curadas recuperaram em menos de 20 dias

A recuperaçãp das pessoas que tiveram acompanhamento ambulatorial levou até 180 dias.

Pesquisa MH 2008 Imagem 5.R1

Para acessar o texto original da pesquisa em formato pdf, clique aqui

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