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Qual a gravidade do problema de traumatismos causados por motocicletas?

Continuação do Capítulo 2.2.1 do Manual "Capacetes" da OMS (2007)

Quem vai ter esse tipo de informação?

A polícia de trânsito é a fonte mais provável de dados sobre colisões no trânsito. Esses dados, provavelmente, também serão tratados pela agência de segurança no trânsito do país, ou pelos departamentos de transporte, de forma que a informação dessas organizações deve ser considerada como “dados oficiais”.

Na prática, a informação completa sobre esses fatores dificilmente está disponível, pois os dados podem não estar completos. Existem casos de relato ou registro abaixo do número de ocorrências até mesmo nos países com um bom nível de segurança no trânsito.

Outras fontes de dados desse tipo poderiam ser as organizações não-governamentais, as universidades, as organizações de pesquisa, ou as companhias de seguro.

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A coleta de dados sobre traumatismos na cabeça

Os dados sobre traumatismos na cabeça, causados por colisões em motocicletas, podem ser usados para descrever os impactos à saúde e socioeconômicos dos traumatismos na cabeça relacionados a motocicletas, e, portanto, podem ser de utilidade para argumentar persuasivamente em apoio a um programa de uso de capacete. Também podem ser usados como indicadores quando do monitoramento de um programa de uso de capacete. No entanto, é importante notar que pode haver outros fatores fora do âmbito de influência do programa de capacete que afetem traumatismos na cabeça relacionados a motocicletas. Por exemplo, um aumento repentino no número de veículos de duas rodas nas vias pode levar a um aumento geral no número de traumatismos na cabeça, de tal forma que sua utilidade como indicador de sucesso do projeto pode ser restrita.

Para coletar esses dados, precisam ser feitas as seguintes perguntas:

• Qual a proporção de colisões com motocicletas que envolvem traumatismo na cabeça? Há dados disponíveis do número de traumatismos na cabeça, e de mortes decorrentes dessas lesões, que possam ser usados?

• Quais os impactos econômicos e sociais dessas colisões e traumatismos nos recursos do país?

• Qual a distribuição geográfica de traumatismos na cabeça, relacionados a motocicletas, dentro da região?

• Há grupos populacionais particulares, na região que sejam um grupo de risco maior de traumatismos na cabeça resultantes de colisões em motocicletas – por exemplo, homens, mulheres, jovens, minorias étnicas, determinada ocupação?

• Que outras informações são coletadas sobre os que sofrem de traumatismo na cabeça em decorrência de colisões em motocicletas? Por exemplo, os que sofrem lesões são os motoristas ou os passageiros dos veículos de duas rodas; são proprietários do veículo?

• Há informação sobre o uso de capacete entre as vítimas de colisões envolvendo motocicletas? Se há disponibilidade, isso permitirá uma comparação dos resultados de colisões envolvendo motociclistas com e sem capacete.

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De onde virão esses dados?

A coleta desses dados irá exigir exame de qualquer sistema de dados de colisão e lesões que possa existir, inclusive:

– sistemas nacionais de coleta de dados de alta qualidade sobre mortes no trânsito, lesões e invalidez.

Podem estar incluídos nessas fontes:

▷ Dados de certificados de óbito (geralmente coletados pelo Ministério da Saúde);

▷ Dados de mortes relacionadas a transporte (pela polícia de trânsito).

– relatórios sobre mortes (disponíveis com a polícia de trânsito ou autoridades da justiça); – relatórios sobre lesões graves (disponíveis em hospitais locais ou profissionais de saúde). Pode haver registros de lesões a pacientes e de casos que estão recebendo tratamento. É de utilidade fazer exames periódicos desses dados, quer de um único hospital ou de uma série de hospitais na área. Ao extrapolar uma amostra de dados, uma estimativa de ordem de magnitude pode ser obtida da escala do problema, nacionalmente ou regionalmente. Esses estudos devem extrair informação sobre:

▷ o tipo de lesão – por exemplo, se traumatismo na cabeça ou no corpo;

▷ a natureza da colisão com motocicleta;

▷ os tipos de lesão que mais frequentemente causam morte;

▷ informação sobre os envolvidos em colisões – como sexo, idade, ocupação.

A polícia de trânsito também pode coletar alguma informação, mas geralmente a coleta de dados resulta da colaboração entre a polícia e as instituições de transporte e saúde.

Embora os sistemas de dados sobre colisões no trânsito não tenham detalhes sobre as lesões sofridas, fazer as perguntas pode ajudar a encontrar onde a informação está disponível, ou pelo menos mostrar que faltam determinados dados.

A tabela abaixo indica algumas das fontes mais comuns para coleta de dados sobre traumatismos:

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figura 5

figura 6

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palavras-chave: Capacete, moto, motociclista, ciclista, duas rodas, lesão, cabeça, traumatismo, crânio