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Os acidentes de trânsito

Extrato do Guia CRIANÇA SEGURA para formação de mobilizadores (páginas 20 a 23)

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Acidentes de Trânsito

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Não é possível tratar de prevenção de acidentes com crianças sem relacioná-la ao trânsito, pois esse tem sido o principal agente causador de óbitos por acidentes na faixa etária de zero a 14 anos, no Brasil. Não foi diferente em 2010, ano em que, segundo Ministério da Saúde, 1.895 crianças vieram a óbito. Esse número corresponde a quase 40% do total de acidentes envolvendo crianças e adolescentes nesta faixa etária.

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O tema tem estampado as manchetes dos jornais e se repetido à exaustão. Hoje, os acidentes de trânsito já são considerados um problema de saúde pública mundial e têm tirado a vida de muitos indivíduos, abrangendo todas as faixas etárias. Existe um grande movimento se formando a fim de evitar a banalização do tema e para que as ocorrências deixem de ser tratadas como estatísticas.

Mas, afinal, o que é trânsito? Como ele afeta nossas vidas?

“É uma disputa pelo espaço físico, que reflete uma disputa pelo tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos – é uma negociação permanente do espaço, coletiva e conflituosa. E essa negociação, dadas as características de nossa sociedade, não se dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma base ideológica e política; depende de como as pessoas se veem na sociedade e de seu acesso real ao poder”. (VASCONCELOS: 1998)

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Infelizmente, ainda hoje, no Brasil, temos que lidar com a valorização do automóvel em detrimento das outras formas de mobilidade. Isso acarreta diversos problemas econômicos, sociais e ambientais para nossa sociedade:

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Precisamos repensar nosso modelo de mobilidade urbana. Não temos mais condições de manter esse modelo no qual o automóvel ocupa o local de destaque em detrimento das pessoas e seres vivos em geral. Mas você sabe o que é mobilidade sustentável?

A mobilidade sustentável é função pública destinada a garantir a acessibilidade para todos.

Esse objetivo implica na obediência a normas e prioridades que atendam aos deslocamentos de modos coletivos e não motorizados, única forma de reduzir os efeitos negativos provocados pelo uso predominante do automóvel.

Dessa forma, a mobilidade sustentável:

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Os acidentes podem ser considerados como uma das consequências mais sérias do modelo de mobilidade que adotamos nos últimos tempos. Afinal, quando falamos em trânsito, estamos falando num espaço de convivência no qual pedestres, ciclistas, motoristas de carros e caminhões têm que negociar para locomoverem-se. A junção de educação, estratégias para a modificação de meio ambiente e cumprimento da legislação pode ser vista como uma saída possível para a mudança da realidade vigente.

A educação ocupa um importante papel para desvendar os problemas do modelo de trânsito adotado e, em curto prazo, pode trazer ganhos significativos. Contudo, sozinha, não é efetiva para a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Tanto o cumprimento da legislação quanto a modificação do meio ambiente são mais complexos e requerem mais tempo para serem implementados. Mas são eles que garantem a efetiva mudança de comportamento iniciada na educação e, em longo prazo, a diminuição dos índices de acidentes.

A seguir vamos abordar mais especificamente os diferentes tipos de acidente de trânsito:

Pedestre

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Imagine você, ao ler o jornal pela manhã, se deparar com a notícia de que pelo menos 20 crianças e adolescentes foram atropeladas no dia anterior.

Com certeza este é um fato chocante, não é mesmo?

Difícil de acreditar, mas segundo o Ministério da Saúde, somente em 2010, 7.392 foi o número de hospitalizações por atropelamentos no país. Pensando em reverter essa realidade, o DENATRAN propôs para a Campanha Nacional de Trânsito deste mesmo ano o mote “Criança e o Trânsito”. O objetivo da campanha foi sensibilizar a sociedade em geral a garantir que crianças e adolescentes pudessem se desenvolver de uma maneira saudável e segura.

Os atropelamentos com crianças ocorrem por diversos fatores: físicos (condições de ruas e estradas); sociais (comportamento coletivo, leis e normas) e ambientais (condições climáticas). Pensar em estratégias para diminuir o número de acidentes com crianças pedestres requer o trabalho de diversos atores sociais em diversas instâncias.

Sabemos que muitas escolas têm se preocupado em se estruturar para esta participação social e comunitária rumo à melhoria de hábitos e atitudes que interferem na qualidade de vida das pessoas. Nesse sentido, o problema do trânsito como espaço de convivência social é tão relevante que os temas transversais incluem uma retranca específica, chamada educação para o trânsito.

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palavras-chave: segura, criança, pedestre, educação, trânsito