Motociclista: olhe para frente
Esta recomendação parece tola de tão óbvia, mas na verdade justifica-se. Nas ruas, estradas e avenidas existe uma infinidade de coisas que distraem e tiram a atenção do motociclista: outdoor com aquelas modelos lindíssimas, a moto ou o carro (dos sonhos) passando ao lado, a natureza, belas paisagens, aquela gata maravilhosa “em pessoa”, um amigo ou pessoa conhecida acenando, etc.
Enquanto nos distraímos com estas coisas, a pilotagem pode ficar comprometida. Um amigo meu, que vinha trafegando na avenida Beira Mar Norte, a mais bonita de Florianópolis, olhou para o mar ao lado e ficou meditando “que mar lindo, que coisa maravilhosa”; quando voltou a olhar para frente deu “de cara’ com um carro parado no sinal fechado: “alicatou” os freios e caiu no abrasivo asfalto. Sofreu várias escoriações.
Principalmente em rodovias, não devemos limitar o olhar apenas para o veículo da frente, mas também observar mais adiante, de forma a tentar prever a reação do motorista que está à nossa frente. Em caso de parada brusca, vamos ter tempo para uma reação (frear ou desviar). Se o veículo que está à sua frente for grande (ônibus ou caminhão) e estiver tirando a sua visão ao longe, aumente a distância para ele, ou ultrapasse-o com segurança.
Esta orientação de “olhe para a frente” não colide com a recomendação de movimentar a cabeça, vista em tópicos anteriores. O que se pretende aqui é que o piloto não se distraia durante a pilotagem olhando para coisas que estão fora do contexto do trânsito. Ao contrário, movimentar a cabeça para observar o que acontece no trânsito em volta da motocicleta é altamente salutar ao piloto para evitar surpresas.
Quando uma situação de perigo não é percebida pelo motociclista, as suas chances de acidentes aumentam consideravelmente.
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