Motociclistas: atenção para com os pneus
Como as motocicletas, obviamente, possuem apenas dois pontos de contato com o solo, os pneus passam a ter uma importância muito grande para a segurança, pois são eles que mantêm a moto “grudada” ao solo. Assim, o valor da aderência num veículo que só tem duas rodas dispensa maiores comentários.
Nunca se deve rodar com pneus carecas (nota 40). Segundo a maioria dos fabricantes, a profundidade mínima aceitável dos sulcos varia de 2 a 3 mm. Abaixo disso, a recomendação é que se troque o pneu. Consulte o manual do proprietário para obter os valores mais precisos para a sua moto.
O estado dos pneus influi nas frenagens, na condução com chuva, nas curvas, na tração e na dirigibilidade da moto. Pneus excessivamente desgastados comprometem seriamente a segurança: evite usá-los até a “última lona”.
Um detalhe com relação aos pneus é que se deve calibrá-los freqüentemente, de acordo com o manual do proprietário. Não devem estar com a pressão nem acima nem abaixo da recomendada. Se estiver acima, a área de contato do pneu com o solo diminui, reduzindo, portanto, a aderência; além disso, a moto ficará mais “dura”; se estiver abaixo, o pneu poderá deslizar ou sair do aro, a moto gastará mais combustível, os sulcos ficarão mais estreitos, dificultando o escoamento da água.
Verifique periodicamente a pressão com os pneus frios. A pressão correta dos pneus fará com que se aumente a sua durabilidade, a aderência, a estabilidade da motocicleta e o conforto do piloto. A calibragem recomendada pelo fabricante da moto já leva em consideração situações diversas de utilização, como calor, frio, piso seco, piso molhado, etc.
Para a utilização normal da moto no dia a dia, ao substituir os pneus, procure manter o tipo e medidas originais. Não jogue “por terra” todo o trabalho de engenharia do fabricante ao definir, no geral, o melhor pneu para a motocicleta. A utilização de pneus diferentes poderá trazer melhorias em algum aspecto, mas, com certeza implicará prejuízos em outro, podendo afetar a dirigibilidade e, consequentemente, a segurança.
Riscar novamente o pneu a fim de retardar a sua troca não é nada aconselhável, pois isto danifica a carcaça e fragiliza o pneu. Além disso, a borracha da carcaça não é aderente. Não faça isso de forma alguma.
Não é recomendável consertar câmaras de ar. Além de comprometer a segurança, o preço do conserto é praticamente a metade de uma câmara nova. Não vale a pena a economia. Com relação aos pneus sem câmara, especialmente os radiais das superesportivas que atingem altas velocidades, a rigor também não é aconselhável rodar de forma definitiva com remendos (eles podem vazar). Neste caso, o ideal é substituir os pneus quando furarem, mas como eles normalmente custam “uma fortuna”...
Em viagens, é recomendável levar um kit de reparos a frio ou um reparador instantâneo. Após reparar ou substituir os pneus, é recomendável fazer o balanceamento das rodas para melhorar o equilíbrio do conjunto roda/pneu, diminuindo assim as vibrações e oscilações.
Todos os itens que numa motocicleta podem afetar a aderência ou a estabilidade não devem ser desprezados. Antes de sair com a moto, faça uma rápida checagem dos pneus, verificando se não há objetos encravados no mesmo. Também dê-lhes pequenos “chutes” para verificar se não estão murchos.
Cuidado com o uso de produtos para embelezar os pneus (aqueles que visam deixar os pneus “bem pretinhos”). Estes produtos podem contem substâncias que afetam a borracha, provocando ressecamentos e rachaduras nos pneus.
Nota:
40 - Este é um item da manutenção bastante negligenciado pelos pilotos, talvez pelo fato (injustificável) de os pneus custarem caro (principalmente nas motos de média e alta cilindrada, eles custam bem mais que pneus de automóvel de passeio, e duram muito menos, especialmente o traseiro).
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