Centros de Vida Independente no Brasil
O CVI-Rio, o CVI-AN em São Paulo, os fundadores do Conselho Nacional dos Centros de Vida Independente (CVI-Brasil)
(Fonte: portal "Bengala Legal")
O Centro de Vida Independente chegou ao país por meio de Rosângela Berman Bieler, que é tetraplégica. Hoje o CVI do Rio de Janeiro, onde originou-se o movimento no Brasil, é presidido por Lilia Martins, a partir de 1997. Desde a sua criação, o CVI-Rio desenvolve serviços específicos na área do desenvolvimento social, como informação e orientação para as pessoas com deficiência e seus familiares e presta consultoria a profissionais e demais interessados. O principal serviço é o suporte entre pares, que pode ser realizado individualmente ou em grupo. Segundo Lilia Martins, trata-se do serviço que mais caracteriza o movimento de vida independente, sendo realizado por uma pessoa com deficiência atendendo a outra pessoa com deficiência, servindo-se do modelo de ajuda mútua.
"Foram muitas as conquistas do CVI Rio, como intervenções para a mudança da concepção urbanística de nossa cidade, participação em várias comissões de trabalho, entre elas, a da Secretaria Estadual do Transporte, para elaboração das recomendações para o transporte público acessível, promoção de congressos e eventos, além de investimentos em programas de capacitação de pessoas com deficiência e sua colocação no mercado de trabalho", afirma Lilia. O CVI-Rio desenvolve também a Oficina de Vida Independente, em que as pessoas com deficiência aprendem novas tecnologias, com o objetivo de promover a sua autonomia.
CVI AN - Centro de Vida Independente Araci Nallin.
Em São Paulo, o CVI Araci Nallin (CVI-AN), fundado em 1996, cujo nome homenageia uma das pioneiras do movimento em defesa dos direitos das pessoas com deficiência, hoje falecida, contribuiu ativamente para a construção das políticas públicas referentes às pessoas com deficiência.
Segundo Flavia Vital, presidente do CVI-AN, a missão do centro é contribuir para a inclusão e o desenvolvimento individual das pessoas com deficiência, pela divulgação do conceito de vida independente e a prestação de serviços e informações para que elas adquiram autonomia na realização das atividades da vida diária. "Participamos, também, da elaboração do texto-base da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e estivemos nas duas últimas sessões de trabalho na ONU, em Nova Iorque", salienta Flavia Vital.
Os fundadores (em 2000) do Conselho Nacional dos Centros de Vida Independente (CVI-Brasil)
(Fonte: Estatutos do Conselho Nacional dos Centros de Vida Independente (CVI-Brasil))
São considerados fundadores do Conselho Nacional dos Centros de Vida Independente (CVI-Brasil), os seguintes CVI: CVI/Rio (RJ), CVI/Macaé (RJ), CVI/SP (SP), CVI/BH (MG), CVI/Araci Nallin (SP), CVI/Maringá (PR), CVI/Santos (SP), CVI/Aracaju (SE), CVI/Maranhão (MA), CVI/Niterói (RJ), CVI/Salvador (BA), CVI/Campinas (SP), CVI/Curitiba (PR), CVI/Brasília (DF) e CVI/Resende (RJ), CVI/Espirito Santo (ES), CVI/Guimarães (MA), CVI/Petrópolis (RJ), CVI/Angra dos Reis (RJ), CVI/Cascavel (PR).