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Prevenção de acidentes e desenvolvimento infantil

Extrato do Guia CRIANÇA SEGURA para formação de mobilizadores (páginas 17 a 19)

  • Dos quatro aos seis anos
  • A partir dos sete anos
  • Formação

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Dos quatro aos seis anos, as crianças vivem um intenso desenvolvimento de sua socialização, procurando cada vez mais a companhia de outras crianças para brincar e conviver. Nesta faixa etária, muitas já pedem para encontrar amigos e brincam com eles sem supervisão rigorosa dos adultos, mas isso está longe de tornar a presença dos cuidadores dispensável. Os acidentes se tornam mais frequentes quando a criança está no grupo, pois se torna mais dispersa, menos atenta aos perigos que já aprendeu a evitar. O cuidado do adulto, principalmente em ambientes menos controlados, como ruas, parques e festas, é fundamental para que a criança aprenda a avaliar riscos também fora de casa. Apesar de já ter boas noções de perigo e como evitá-los, brincadeiras e provocações grupais podem induzí-la facilmente a ultrapassar limites já estabelecidos em família e na escola, expondo-se a situações propiciadoras de atropelamentos, afogamentos e quedas, principalmente. O cuidado dos adultos em avaliar os ambientes que a criança frequenta é importante, certificando-se, por exemplo, da colocação de telas de proteção na escola e casas onde a criança costuma transitar.

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A partir dos sete anos, a criança possui boas noções de perigos e como evitá-los, porém ainda necessita de acompanhamento e proteção para evitar atropelamentos, quedas, afogamentos e envenenamentos. A conquista de autonomia deve crescer na mesma proporção que seu senso de responsabilidade, o que só pode acontecer com a presença e orientação do adulto. Tal cuidado permanece importante nos próximos anos, incluindo a adolescência, lembrando sempre que os acidentes podem ser favorecidos em situações grupais, nas quais há maior distração, ausência de adultos e também a tendência de se criar provocações e desafios entre os pares.

Além de cuidar para que o ambiente da criança, em qualquer momento de seu desenvolvimento, seja suficientemente seguro, é tarefa fundamental dos adultos colaborar para que ela aprenda a evitar riscos desde muito cedo. A colocação de limites somada a vínculos de confiança e respeito mútuo favorecem que a criança cresça segura, aprendendo a avaliar possíveis perigos para si e a contar com o apoio dos mais velhos. Paralelamente aos cuidados com o ambiente em que vive, uma das maiores proteções da criança contra acidentes é seu conhecimento, isto é, o aprendizado constante, através de vínculos afetivos seguros, a respeito das medidas necessárias para sua segurança. Para cuidar, é preciso proteger; para proteger, é necessário ensinar e acompanhar.

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Ao lermos este depoimento, podemos ficar indignados e julgar a situação como negligência.

Podemos, ainda, olhar para a situação e achar que nada pôde ser feito, foi uma fatalidade. Mas se olharmos com mais atenção e refletirmos sobre a complexidade dos acidentes, provavelmente algumas perguntas irão aparecer: “Qual a condição de vida dessas pessoas?”, “Com quem essas crianças ficam? Sozinhas?” ou “Como as autoridades públicas se colocam diante de eventos como este?”

Começamos a perceber a existência de outros fatores que influenciam na segurança e bem-estar de crianças e adolescentes. São determinantes sociais, culturais, econômicos e até emocionais.

Para pensarmos numa estratégia de mobilização, é importante conhecermos muito bem os diferentes tipos de acidentes, as causas e suas formas de prevenção. Neste capítulo encontraremos informações e dados sobre os fatores de risco de acidentes envolvendo crianças e as formas de atenuar essas situações.

Para facilitar o entendimento, organizamos as informações nos diferentes tipos de acidentes: acidentes de trânsito (com pedestres, ciclistas e ocupantes de veículos), afogamento, sufocação, queimaduras, quedas e intoxicação/envenenamento. Colocamos também os dados estatísticos de cada um deles.

Dessa forma, em cada subgrupo será possível encontrar onde, como, quando e por que ocorrem os acidentes. Além disso, vocês têm informações de como evita-los e sugestões de atividades para trabalhar o tema com a comunidade e grupos em geral. Caso você queira obter mais sugestões, basta acessar o site da CRIANÇA SEGURA. Na área Biblioteca estão compilados diversos materiais que poderão auxiliá-lo na preparação de oficinas dispostas a trabalhar a prevenção de acidentes.

Mãos à obra!

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palavras-chave: prevenção, acidente, trânsito, criança